quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

NF-e: Ano da maturidade no Brasil

:: Por Marco Zanini*
Convergência Digital

Tradicionalmente, ao iniciar um novo ano, revemos velhos hábitos e definimos mudanças. Este é o momento de ponderar desempenhos e planejamentos. De analisar o mercado, mapear procedimentos e definir ações que possam deixar seu negócio alguns passos à frente e a quilômetros dos seus concorrentes.

É a hora de olhar em volta e perceber como se preparar para o futuro. Pelo que já é possível mapear, o campo tributário é um dos assuntos que terá mais relevância para os negócios em 2010, trazendo grandes benefícios para as empresas, contribuintes e sociedade.

O governo massificará a emissão de nota fiscal eletrônica para empresas de diversos portes e segmentos de mercado ao longo de 2010. A primeira obrigatoriedade segue para os setores industrial e atacadista a partir de 1º de Abril de 2010.

Até o final do ano, as companhias com operações interestaduais e que fazem vendas públicas também deverão aderir a nf-e. No projeto de escriturações fiscais e contábeis do Sped a obrigatoriedade é para as empresas de lucro real. A meta do governo é que nos próximos anos todas as empresas de pequeno, médio ou grande porte tenham sua documentação fiscal e contábil, hoje em papel, no modelo eletrônico.

Sem dúvida, este movimento de informatização do processo de envio de dados ao Fisco é irreversível. O uso de documentos fiscais eletrônicos é um caminho sem volta no qual as companhias precisam adequar-se com os propósitos de modernização, rapidez de informação, conformidade com as regras do governo e facilidade de regulamentação para competitividade entre as organizações.

Os benefícios da emissão de nota fiscal eletrônica, por exemplo, incluem transparência nas transações comerciais, agilidade nos processos junto ao Fisco, redução da concorrência desleal e redução de custos logísticos. Além disso, a padronização das informações permitirá as empresas ganhos na recepção física e fiscal de mercadorias; validação e aprovação de todo o ciclo de compras até a recepção de produtos; carga de dados diretamente nos sistemas de gestão, com controle de conteúdo e validação das informações.

Este é um ano de maturidade para o mercado e para os próprios fornecedores de soluções fiscais eletrônicas. As empresas que buscam as melhores ferramentas de NF-e e Sped devem estar atentas. Buscar fornecedores com soluções de fácil implementação, preparadas para as atualizações de inteligência fiscal eletrônica, bem estabelecidas e com garantias de sustentabilidade financeira a longo prazo são algumas das dicas.

Vivemos um momento, que simplesmente entregar as informações nos moldes do fisco, não é certeza de estar livre de erros e conseqüentemente, das multas e apreensões de mercadorias. E de quem cobrar alguns anos mais tarde se o seu fornecedor não existir mais e a falha tiver sido por conta dele?

Isso provoca uma revolução na maneira com que as empresas brasileiras fazem seus negócios. Além de uma mudança fiscal, este ano deverá ser um ano de profissionalização das companhias nacionais. Com isso, ganhamos competitividade para alavancar nosso País. Que venham as mudanças que 2010 nos oferece!

* Marco Antonio Zanini é presidente da NFe do Brasil.

http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=21770&sid=15

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